Recente estudo da Bloomberg Law revelou que a adoção de ferramentas colaborativas por escritórios de advocacia e departamentos jurídicos se intensificou durante a pandemia. O levantamento, que comparou resultados de duas pesquisas distintas, sendo uma conduzida em março e outra em julho de 2020, foi divulgado na última semana.
A primeira pesquisa contou com a participação de 98 advogados de departamentos jurídicos e 490 de escritórios de advocacia. Já na segunda participaram, respectivamente, 81 e 242. O comparativo revelou que a adoção de ferramentas colaborativas aumentou significativamente nos escritórios e mais do que triplicou nos departamentos jurídicos.
Ferramentas colaborativas
Ao serem questionados se usavam ferramentas colaborativas, em março de 2020, 19% dos advogados corporativos e 27% dos profissionais de escritórios responderam que sim. Quatro meses depois, o percentual aumentou em ambos os casos: 77% dos advogados corporativos e 44% dos advogados de escritórios afirmaram estar usando tais ferramentas.
Desde o início da pandemia, o aumento foi de 63% nos escritórios e 305% nos departamentos jurídicos:
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Tecnologias jurídicas facilitam ou dificultam a rotina dos advogados?
Para compartilhar documentos e gerenciar projetos, os profissionais estão adotando, dentre outras ferramentas, o Confluence e o Sharepoint. O primeiro, desenvolvido pela empresa australiana Atlassian, conta com mais de 60 mil usuários em todo o mundo. O segundo, criado pela Microsoft, é utilizado por mais de 190 milhões de pessoas.
Mas por que a adoção de ferramentas colaborativos é maior nos departamentos jurídicos que nos escritórios de advocacia? Embora a pesquisa não aprofunde os motivos, algumas hipóteses podem ser ventiladas para justificar tal comportamento:
- Advogados de escritórios de advocacia talvez sejam menos colaborativos que advogados de departamentos jurídicos;
- Profissionais de escritórios de advocacia talvez prefiram usar e-mails a softwares específicos para colaboração;
- Advogados corporativos talvez já estivessem testando ferramentas de colaboração, sem incorporá-las na rotina, mas, após a pandemia, decidiram implementar em massa os softwares com seus colaboradores.
Enfim, é provável que futuras pesquisas aprofundem os motivos que estão levando advogados a incorporarem ferramentas colaborativas em suas rotinas. Seja como for, parece inegável que escritórios de advocacia e departamentos jurídicos estão cada vez menos resistentes às novas tecnologias, enxergando-as como oportunidade e não como ameaça.
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