As animações 3D são recursos cada vez mais utilizados pelos profissionais da advocacia. Em síntese, elas oferecem uma visualização da cena e os movimentos dos personagens, sendo úteis para explicar a dinâmica dos fatos; comunicar teses jurídicas de forma clara; e auxiliar o julgador na compreensão de situações processuais específicas.
O potencial das animações 3D
Há várias formas de utilizar animações 3D em processos judiciais, mas hoje quero apresentar o potencial desses recursos para ilustrar a dinâmica de acidentes de trânsito. Imagine que você, advogado(a), tenha sido contratado(a) para ajuizar uma ação de danos morais e materiais. O caso envolve um acidente de trânsito ocorrido no período noturno.
Ao pedir mais informações sobre o caso, seu cliente relata que estava saindo de casa, com seu veículo vermelho, quando um automóvel branco colidiu em sua traseira. Seu cliente alega, em suma, que não teve qualquer culpa no acidente, sendo a responsabilidade única e exclusiva do outro motorista, que conduzia seu automóvel em alta velocidade.
Ilustrando a dinâmica do acidente de trânsito
Explicar a dinâmica de um acidente como esse na petição é um desafio. Por melhor redigido que seja, o texto não dá conta de representar como a colisão exatamente aconteceu. É nesse momento que entra o potencial das animações 3D, para ilustrar o fato em seus mínimos detalhes, realçando as condições da pista e a progressão do movimento dos veículos.
Veja, a seguir, uma animação produzida pela View 3D Studio:
Ao apresentar uma animação 3D como essa, você aumenta a compreensão do magistrado em relação ao acidente, auxiliando-o a delimitar a responsabilidade pela colisão. Além de detalhar o cenário (noite, sombras, área escura, etc.) e as condições da pista (chuva, barro, etc.), você também pode apresentar o campo visual do seu cliente no momento da batida:
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Embora o juiz seja um ignorante em relação aos fatos (não no sentido pejorativo, mas no sentido de desconhecer o que aconteceu), um vídeo como esse oferece um novo nível de compreensão. E se desejar ir mais a fundo, você pode também reconstruir o campo visual do outro motorista, conectando a informações do laudo técnico, como velocidade e frenagem:
Culpa exclusiva de uma das partes
Suponha agora que você tenha sido contratado para oferecer uma contestação. A parte autora alega, em resumo, que seu cliente a atropelou, causando danos estéticos e morais. Já seu cliente (réu) sustenta que a culpa foi exclusiva da autora, que estava distraída e manuseando o smartphone. Novamente aqui há um desafio relatar tudo em texto.
Nesse caso, você poderá apresentar novamente uma animação 3D, ilustrando a conduta da autora momentos antes do acidente. No vídeo a seguir, produzido pela View 3D Studio, a parte é representada caminhando de forma distraída, com o aparelho celular na mão, quando pisa na rua sem notar a presença do veículo conduzido pelo motorista:
Da mesma forma que no caso anterior, só para ilustrar, você poderá apresentar o campo visual do cliente. Com a animação, o magistrado terá uma ideia melhor do que seu cliente enxergava antes do acidente ocorrer. Se, além disso, houver um cuidado adicional para que o vídeo “converse” com o laudo, a simulação será vista pelo juiz como ainda mais crível:
Animações 3D em processos judiciais
Essas são, em suma, algumas possibilidades de usar animações 3D em processos judiciais. E à medida que são desenvolvidos softwares de manutenção de mídias em locais seguros, como é o caso do PJe Mídias, os advogados serão capazes de anexar vídeos de maior resolução, aprimorando ainda mais a comunicação de suas teses e argumentos jurídicos.
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