Atlas.IA usa inteligência artificial para identificar demandas repetitivas nos tribunais

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Continuo a série de entrevistas com (co)fundadores de lawtechs e legaltechs brasileiras. Hoje é a vez de conhecer a Atlas.IA, plataforma que utiliza inteligência artificial para identificar demandas repetitivas nos tribunais. Conversei, em suma, com o Glauber Machado Pinto, CEO da startup, sobre as soluções, o funcionamento e os planos para o futuro.

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1. Em primeiro lugar, como surgiu a Atlas.IA?

A Atlas.IA surgiu de nosso inconformismo em ver a disparidade que existe no uso da tecnologia entre os dois lados do balcão de atendimento do Poder Judiciário.

Enquanto do lado de fora a advocacia e os cidadãos têm à disposição ampla tecnologia com uso de Inteligência Artificial, ajudando em seu dia a dia, do lado de dentro o Judiciário, no mais das vezes, trabalha com ferramentas obsoletas. Nosso propósito é reduzir esse GAP, gerando valor para o Poder Judiciário, de modo a melhorar a qualidade da sua prestação de serviços à sociedade.

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2. Só para ilustrar: quais são as soluções oferecidas pela startup?

Desenvolvemos a “MAIA – Inteligência Artificial em Demandas Repetitivas”, uma solução que faz uso de Inteligência Artificial para identificar qualitativamente e quantitativamente quais são as discussões que se repetem em determinado Tribunal, para subsidiar a proposição de Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas e, com isso, promover o fortalecimento do sistema de precedentes, com ganho de eficiência,  isonomia e segurança jurídica. 

3. Em resumo, qual é o diferencial da Atlas.IA em relação às demais startups que oferecem soluções similares?

Nosso time tem forte componente de complementaridade e capacidade de gerar valor, principalmente porque dotado de facilidade de comunicação e entendimento para endereçamento das soluções, já que é formado por pessoas que conhecem tanto de tecnologia como do negócio – área jurídica -, com experiência nas atividades do Poder Judiciário.

4. Aliás, a Atlas.IA tem um propósito transformador massivo (MTP)? Se sim, qual?

Queremos transformar o modo como o Poder Judiciário emprega seus recursos. Nossa visão é a de entregar ao Judiciário o poder da Inteligência Artificial, para que cada vez mais foque seus recursos na atividade finalística e, assim, realize prestação jurisdicional mais célere e eficiente. 

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5. Em síntese, quem são as pessoas por trás da startup?

  • Glauber Machado Pinto (CEO), bacharel em Direito, especialista em Direito Processual Civil e Direito Tributário, professor de disciplinas de Direito Constitucional por 5 anos, trabalha há mais de 16 anos na gestão de gabinete de Desembargador e Juiz de Direito no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Intraempreendedor, com os dois sócios decidiram criar a Atlas.IA para gerar valores que transcendam a Instituição e alcancem também os demais Tribunais de Justiça do país;
  • Luis Felipe Kuhn Gocks (CPO), bacharel em Direito, especialista em Direito Tributário, professor de Direito Processual Civil por 2 anos, há 3 anos presta assessoria jurídica no Gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, tendo exercido a advocacia privada por 16 anos;
  • Eduardo Caruso Barbosa Pacheco (CTO), último período do bacharelado em Direito na USP e técnico em processamento de dados pela FITO. Cientista de dados com formação profissional pelo DataCamp, possui experiência em inteligência de negócios e análise de sistemas, sendo responsável pela implantação da área de BI no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e na fintech Avante.com.vc. Atuou, ainda, na inovação da Jive Investments com crawlers, clusterização e modelos de processamento de imagem. Possui certificação profissional em Tensorflow pelo Deeplearning.ai. 

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6. Enfim, quais são os planos da Atlas para os próximos anos?

Nossos próximos anos serão dedicados para o fortalecimento do sistema de precedentes no ordenamento jurídico brasileiro com a MAIA e a implementação de seus futuros módulos. Além disso, temos em nosso roadmap mais soluções tecnológicas previstas, a exemplo do ARGOS – Inteligência Artificial em Gratuidade de Justiça; e outros produtos para assistir os gabinetes dos magistrados.


Clique AQUI para saber mais sobre a Atlas.IA.


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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