Caso Kiss revela o poder da animação 3D na área jurídica

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Se você está acompanhando o julgamento do caso Kiss, provavelmente já deve percebido que tanto o Ministério Público quanto a defesa de um dos réus estão utilizando recursos visuais para sustentar seus argumentos. O caso, intensamente veiculado pela mídia desde o dia 1º de dezembro, está revelando o poder da animação 3D na área jurídica.

Caso Kiss

Em seu sexto dia, o julgamento está sendo transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do TJ/RS. Os promotores de Justiça do caso, David Medina e Lúcia Helena Callegari, estão usando uma maquete 3D nas oitivas. O material, elaborado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), é uma representação digital da boate.

O advogado Jader Marques, que defende o réu Elissandro Spohr (Kiko), também está utilizando animação 3D em plenário. O material, produzido pela View 3D Studio, reconstruiu digitalmente a boate Kiss, em Santa Maria (RS), em dois momentos distintos. Em síntese, o primeiro em 2009, antes da reforma; e o segundo em 2013, depois da reforma.

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O poder da animação 3D na área jurídica

Ao analisar a aplicação da animação 3D em plenário, fica claro o quanto tal recurso ajuda todos os envolvidos. Promotores de Justiça e advogados conseguem formular questionamentos mais assertivos. Informantes, testemunhas e vítimas conseguem rememorar os fatos, bem como fornecer informações essenciais ao Conselho de Sentença.

Em se tratando de um incêndio em um local com várias portas, janelas, itens e ambientes, preenchidos por centenas de pessoas, a apresentação de uma animação 3D não tem, aliás, nada de adorno. Pelo contrário: é um recurso essencial para facilitar a compreensão dos jurados, oferecendo um olhar mais amplo sobre como os fatos aconteceram.

Em suma, seja no Tribunal do Júri, seja em processos cíveis e administrativos, não há como ignorar o poder das novas tecnologias e dos recursos visuais para aprimorar a produção de prova e para facilitar a compreensão das teses jurídicas. O caso Kiss, com toda divulgação a ele inerente, contribuirá para realçar ainda mais todo esse potencial.


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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