Como é produzida a animação forense: passo a passo

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Animação é uma técnica pela qual figuras e objetos fixos são manipulados para parecer que estão se movendo através de um espaço 3D. Durante o processo, objetos virtuais são sequenciados para criar a ilusão de movimento e imitar os princípios de um mundo tridimensional (comprimento, largura e profundidade). Na esfera jurídica, a animação é intitulada animação forense (ou, no inglês, forensic animation).

Como é produzida a animação forense

A animação forense pode ser definida como a representação visual gerada por computador que simula, em 2D ou 3D, eventos, objetos e movimentos. O objetivo, em síntese, é facilitar a compreensão de fatos e argumentos jurídicos. Além da finalidade, o que transforma uma animação em animação forense é o processo em si, que exige rigor, precisão e comunicação com as provas, laudos e documentos dos autos.

O processo demanda tempo. Não é algo rápido de ser produzido. O fluxo é desenvolvido internamente pelos membros da equipe que produzirá a representação visual, mas envolve importantes etapas. No View 3D Studio, empresa brasileira especializada em animação forense da qual sou sócio, executamos as seguintes: (1) roteiro; (2) storyboard; (3) modelagem; (4) composição; (5) animação; e (6) renderização.

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1. Roteiro 

Essa etapa inicial envolve elaborar o roteiro e reunir as informações essenciais sobre o caso judicial. Normalmente são necessárias reuniões entre os modeladores,  os animadores e os profissionais da área jurídica que pretendem apresentar a simulação em juízo. Nessa etapa ouvimos as narrativas que os advogados pretendem expor ao juiz ou aos jurados e, a partir dela, avançamos para a próxima fase.

2. Storyboard

Em seguida é criado o storyboard, que apresenta a pré-visualização das cenas.

3. Modelagem

O próximo passo é a modelagem do ambiente, dos objetos e dos personagens. Nessa etapa também realizamos a iluminação das cenas e acréscimos de texturas, para que as cenas fiquem mais realistas. Em suma, com a tecnologia disponível hoje é possível recriar a narrativa de testemunhas ou vítimas nos mínimos detalhes. As características dos personagens também são modeladas à semelhança da realidade.

4. Composição

O próximo passo será a composição, que envolve colocar os objetos virtuais em suas respectivas posições. A etapa envolve, em suma, combinar múltiplos objetos em um ou mais frames, dispondo-as adequadamente nas cenas para depois animá-los. Quando o storyboard é previamente desenvolvido, fica mais fácil combinar todos os elementos. A etapa de composição antecede a animação propriamente dita.

5. Animação

Em seguida vem a animação de cada um dos elementos da cena. É aqui que o processo “ganha vida”, sendo já é possível visualizar como a cena ficará após a renderização.

6. Renderização

O processo encerra-se com a renderização, na qual se obtém o material final.


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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