No texto de hoje, vamos conhecer 7 categorias de lawtechs e legaltechs brasileiras.
Em 2018, o Brasil registrou 78,7 milhões de processos judiciais em tramitação no Poder Judiciário, aguardando solução definitiva. Somada à imensa quantidade de processos, o número de profissionais da advocacia não para de crescer. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem, em seu quadro (novembro de 2019), 1.246.596 milhões de profissionais (entre advogados e estagiários de advocacia).
O cenário criou um campo fértil para o desenvolvimento de produtos e serviços de base tecnológica para aprimorar o setor jurídico. À frente do movimento estão as chamadas lawtechs e legatechs, focadas em soluções tecnológicas para o mercado jurídico. Aliás, o número de startups aumentou em 300% entre os anos 2017 e 2019, como revela a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L).
Lawtechs e legaltechs brasileiras
O Brasil conta hoje com aproximadamente 150 lawtechs e legaltechs (em solo nacional, os termos são empregados como sinônimos), entre soluções de jurimetria, automação de documentos, resolução de conflitos online e muito mais. Há, portanto, diversas categorias de lawtechs e legaltechs no País, buscando transformar a maneira como o mercado jurídico opera. Hoje vamos conhecer 7 delas:
1. Analytics e jurimetria
As startups dessa categoria desenvolvem ferramentas para antecipar resultados de decisões judiciais, a partir de dados. A startup DataLawyer, por exemplo, desenvolveu uma plataforma de jurimetria própria (DataLawyer Insights) que utiliza inteligência artificial para potencializar análises complexas e cruzamento de informações em processos de natureza trabalhista.
É provável que você goste de ler também:
2. Automação e gestão de documentos
As lawtechs e legaltechs dessa categoria desenvolvem softwares para automatizar documentos jurídicos, além de atividades de gestão de todo o ciclo de vida dos contratos (CLM, sigla para Contract Lifecycle Management). Entre as startups da categoria está a Contraktor, que oferece serviços de assinatura digital, autopreenchimento de documentos e alertas de vencimento de contratos.
É provável que você goste de ler também:
3. Compliance
As startups dessa categoria promovem ações voltadas ao cumprimento das normas legais (nacionais e internacionais) e desenvolvem ferramentas para disseminar a cultura de integridade nas empresas. Só para ilustrar: a Kronoos oferece um gerenciamento de riscos e compliance para empresas, por meio de uma pesquisa em mais de 1.300 fontes e elaboração de um dossiê de fácil visualização.
É provável que você goste de ler também:
4. Extração e monitoramento de dados públicos
As lawtechs e legaltechs dessa categoria desenvolvem soluções para extrair e monitorar dados públicos. Em suma, as startups focadas no segmento otimizam tempo de seus clientes, oferecendo informações privilegiadas com antecedência. A InteliGov, aliás, monitora as casas legislativas federais, gerando informações atualizadas sobre o campo de atuação do profissional da advocacia.
É provável que você goste de ler também:
5. Gestão de escritórios e departamentos jurídicos
As startups dessa categoria oferecem ferramentas para auxiliar na gestão da rotina de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. São, hoje, as iniciativas em maior número no País. A Aurum, por exemplo, desenvolve softwares jurídicos para atender demandas tanto de pequenos escritórios (Astrea) quanto de departamentos jurídicos e grandes bancas (Themis).
É provável que você goste de ler também:
6. Redes de profissionais
As lawtechs e legaltechs dessa categoria estabelecem redes de conexão entre profissionais do Direito. Em síntese, permitem que pessoas e empresas encontrem advogados em todo o Brasil. Com a LinkLei, aliás, advogados, estudantes e bacharéis em Direito têm acesso a oportunidades de negócios, artigos e peças processuais, além da possibilidade de participar de grupos de discussão.
É provável que você goste de ler também:
7. Resolução de conflitos online
As startups dessa categoria desenvolvem soluções para solucionar conflitos online. Em síntese, o que se busca é desjudicializar as demandas, por meio da mediação, arbitragem ou negociação de acordos. A lawtech Sem Processo, por exemplo, conecta advogados com departamentos jurídicos para solucionar questões jurídicas sem a necessidade de ingressar na esfera judicial.
É provável que você goste de ler também:
Mais categorias de lawtechs e legaltechs brasileiras
Existem outras categorias de startups jurídicas como regtech, taxtech, civic tech e real estate tech, como demonstra o levantamento da AB2L. Nas próximas semanas vamos conhecer melhor as soluções tecnológicas oferecidas por cada uma delas. Enfim, até a próxima!
Entrevista com lawtechs e legaltechs brasileiras
Clique AQUI para ler diversas entrevistas com startups jurídicas do País.
Quer estar por dentro de tudo que envolve Direito, inovação e novas tecnologias?
Então, siga-me no Facebook, Instagram e LinkedIn e acompanhe conteúdos diários para se manter atualizado.