Recentemente foi lançado, em Copenhagen (Dinamarca), o Nordic Legal Tech Hub. O projeto busca reunir provedores de tecnologia, escritórios de advocacia, consultores corporativos e acadêmicos dos países nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia). Além disso, o objetivo é se tornar, a longo prazo, uma plataforma colaborativa de desenvolvimento de tecnologias jurídicas.
O panorama geral de legaltechs nos países nórdicos
De forma similar aqui à Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), o Nordic Legal Tech Hub está mapeando lá o ecossistema de tecnologia jurídica. De acordo com fundador e CEO Nick Hawtin, já são mais de 100 legaltechs espalhadas na Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia. A imagem a seguir ilustra o panorama geral de startups jurídicas nos países nórdicos:
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É possível notar uma concentração maior de legaltechs em duas categorias: compliance e automação de documentos, o que reflete, aliás, uma diferença cultural em relação ao nosso País. Conforme o radar da AB2L de setembro de 2019, duas sãos as lawtechs focadas em compliance no Brasil (não contando as iniciativas em early stage) e menos de 15 iniciativas em automação de documentos.
Categorias de legaltechs nórdicas
Só para ilustrar, as legaltechs nórdicas estão divididas em 9 categorias. Em resumo, são elas:
1. Marketplace – plataformas que conectam advogados, advogadas, escritórios de advocacia e fornecedores de tecnologia;
2. Automação de documentos – plataformas que oferecem soluções para automatizar documentos e gerenciar contratos;
3. Gerenciamento de práticas – startups focadas em soluções de gestão para escritórios e departamentos jurídicos;
4. Pesquisa jurídica – legaltechs que oferecem soluções de pesquisa jurídica para auxiliar na tomada de decisões;
5. Educação jurídica – plataformas que fornecem cursos online para profissionais da advocacia;
6. Resolução de conflitos online – plataformas que buscam formas alternativas ao processo judicial;
7. E-Discovery – plataformas de coleta e processamento de informações de documentos;
8. Analytics – startups focadas em análise e complicação de dados;
9. Compliance – legaltechs que oferecem soluções e práticas de conformidade, proteção de dados, privacidade, etc.
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Tecnologias jurídicas nos países nórdicos
Além de ter criado um mapa dinâmico do ecossistema de inovação jurídica, o Nordic Legal Tech Hub tem se dedicado a promover congressos e fóruns com regularidade. Em resumo, o objetivo é facilitar o networking entre indivíduos e empresas que estão inovando no setor. Além disso, os eventos buscam debater os impactos das novas tecnologias no mercado jurídico nórdico.
Embora tenha sido fundado há poucos meses, o Nordic Legal Tech Hub está bastante ativo e, sobretudo, convencido de seu potencial para revolucionar a forma como os serviços jurídicos são prestados na Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia. Enfim, para o CEO e fundador Nick Hawtin, o futuro do mercado jurídico nórdico será bastante desafiador, mas, ao mesmo tempo, excitante.
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BORIS, Mikkel. New Nordic Legal Tech Hub. Legal Tech Weekly, Copenhagen, 26 fev 2019.
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