Continuo a série de entrevistas com (co)fundadores de lawtechs e legaltechs brasileiras. Mais de 40 startups jurídicas já participaram do quadro e apresentaram suas soluções tecnológicas para a comunidade jurídica. Hoje é a vez da Juddi, plataforma de automação para advogados. Conversei com o CEO, Ítalo Cunha, sobre a startup e os planos para o futuro:
1. Em primeiro lugar, como surgiu a Juddi?
Eu sempre senti uma insatisfação absurda sobre o que é e como funciona o mercado jurídico brasileiro, desde a faculdade eu sinto que podemos trabalhar melhor e com mais inteligência. Ano passado eu estava conversando com meu amigo, e hoje sócio, Dieferson.
Expliquei para ele minha visão sobre o mercado jurídico brasileiro e como eu queria melhorar esse ambiente. Expliquei a empresa que eu queria iniciar e prontamente Dief aceitou, agora precisávamos colocar a empresa no ar.
Começamos sem ter o time formado, achamos nosso CTO e depois meu sócio do escritório somou a equipe. Passamos por várias ideias, várias tentativas, sem nunca perder nosso foco em transformar e melhorar o mercado jurídico brasileiro.
Hoje somos a Juddi, uma plataforma de automação para advogados conseguirem atender mais clientes com um alto padrão de qualidade e baixo custo.
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2. Em resumo, quais são as soluções oferecidas pela startup?
Para a advocacia, nós focamos em entregar automação para exponencializar a atuação do advogado por um custo bem baixo, típico de um software as a service.
Nós fazemos a automação dos documentos que o escritório usa, seja uma petição inicial, seja o contrato de honorários, de modo a ajudar advogados a terem mais tempo para captar clientes e se especializarem, deixando o trabalho chato conosco.
Como temos uma assinatura digital já criada na plataforma e inclusa no nosso preço, muitos dos nossos clientes acabam por usar a Juddi também para automatizar o contrato de honorários e a procuração, assim ganham bastante tempo e conseguem fechar sem encontrar pessoalmente o cliente, nesse tempo de pandemia tem se tornado bem útil.
Nós também atendemos departamentos jurídicos de empresas, o que ajuda bastante a reduzir custos e aquele risco de alguém esquecer de alguma informação no contrato.
3. Aliás, qual é o diferencial da Juddi em relação às demais startups que oferecem soluções similares?
Quando estamos falando de automação para advogados, não são muitas empresas que competem conosco aqui no Brasil, no entanto, nossos grandes diferenciais são preço, atendimento e a visão de sermos uma plataforma para o CRESCIMENTO do advogado e do escritório.
Na Juddi você simplesmente envia os documentos e nós automatizamos por aqui, é mais rápido e fácil para os juristas.
Nossa solução é feita para advogados, pensada por eles, temos orgulhos de ter o jurídico na veia.
4. Só para ilustrar: a Juddi tem um propósito transformador massivo (MTP)? Se sim, qual?
Foi o que nos criou. Nós queremos transformar a forma como advogados prestam serviços, empoderar os escritórios que não podem pagar milhares de reais por mês e que precisam captar mais clientes e ter uma operação enxuta.
Sabemos como o mercado jurídico e competitivo no Brasil, por isso nossa ideia é fazer o advogado voltar a focar NO CLIENTE em trazer mais e cuidar daqueles que já tem, nós cuidamos da parte mais massante e o jurista pode apenas revisar o documento ao final.
Quero levar a automação para todos os advogados do país e assim ajudá-los a prestar um serviço melhor e mais barato a todos os brasileiros.
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5. Além disso, quem são as pessoas por trás da startup?
Eu costumo dizer que tenho a melhor equipe do mundo, e tenho mesmo. Somos eu, Fábio Sassá, nosso CTO, Dieferson Bandinelli que é o head de produto e a pessoa que garante que ta tudo rodando bem, além de não me deixar viajar em produtos, Lucas Mantovani que é nosso CMO e supervisiona a automação dos documentos dos clientes e o marketing, além de ser um grande advogado.
Temos ainda o Pedro César Sousa, que faz a automação, a Mariana Menna Barreto que cuida do conteúdo com o Lucas, o Jefter Rocha que toca o front e o Diego Fernandes que cuida do tráfego. Meu dream team.
6. Enfim, quais são os planos da Juddi para os próximos anos?
É cedo para dizer, mas eu sou bem otimista. Acredito que, terminando de validar uns pontos agora em novembro, estaremos prontos para avançar a um go to market mais agressivo e expandir pelo Brasil.
O objetivo, enfim, é tornar cada vez mais a tarefa de gerar documentos e petições algo simples como o clicar de um botão, ou quem sabe, um pedido para a assistente virtual.
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