Criminosos já usam impressoras 3D para fabricar peças de armas

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Em 2016 publiquei o livro Direito, Tecnologia e Práticas Punitivas, explorando as conexões entre a tecnologia e as ciências criminais. Dediquei um dos capítulos da obra para antecipar crimes do futuro, entre eles o uso de impressoras 3D para fabricação de armas e peças de armas de fogo. À época, o alerta soou para alguns como futurista demais.

Impressoras 3D para prática de crimes

Mas hoje, seis anos após a publicação, nosso país já começa a ver seus primeiros casos de empreitadas criminosas com impressão 3D. Nesta semana, só para ilustrar, um homem de 27 anos foi preso em flagrante em Gravataí (RS), após ser encontrado dentro de uma fábrica clandestina de peças de armas de fogo, produzidas com impressoras 3D.

De acordo com a matéria, agentes policiais encontraram cinco impressoras 3D, avaliadas em R$ 15 mil, na residência do criminoso. Em síntese, os equipamentos funcionariam 24h esculpindo as peças desenhadas e projetadas pelo suspeito. A principal produção da fábrica clandestina era de acessórios para dar maior estabilidade às armas.

No Brasil, criminosos estão usando as impressoras sobretudo para produzir peças que aumentam o poder de fogo das armas. O programa Bora SP, da Band, publicou hoje uma reportagem mais ampla sobre essa prática. Concedi uma entrevista para o programa, explicando em mais detalhes o uso de impressoras 3D para a fabricação de armas.

Veja a reportagem completa:

 

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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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