Os avanços tecnológicas estão oferecendo novos recursos para aprimorar a produção de prova judicial. Com as novas tecnologias, advogados já são capazes de apresentar suas teses jurídicas com mais clareza. Algumas soluções disponíveis no mercado permitem inclusive criar personagens digitais a partir de fotografias (fotorrealismo).
Fotorrealismo e produção de prova judicial
Soluções de fotorrealismo permitem modelar personagens digitais e oferecer mais elementos de convicção na esfera judicial. Com base nas imagens juntadas aos autos ou a partir das descrições das partes, testemunhas e vítimas, é possível recriar características faciais – como cabelos, dentes, pelos, olhos, cicatrizes, manchas e tom de pele:
Nível de detalhes
À semelhança dos gráficos dos games, que melhoram a cada ano, o nível de detalhes que se consegue alcançar, ao recriar rostos digitais, é bastante elevado. Tudo, enfim, é pensado para corresponder à realidade. O vídeo a seguir, só para ilustrar, demonstra como se pode representar olheiras, manchas de sol, cicatrizes, barba cerrada e cabelo raspado:
Vídeo ou imagem?
Cabe ao profissional da advocacia, a partir da estratégica processual pré-definida, decidir a extensão do material que será juntado. É possível exportar o personagem no formato de imagens, anexando o conteúdo nas petições; ou exportar o personagem em vídeo, já com os movimentos, as animações e os enquadramentos necessários:
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Como usar o fotorrealismo
E de que forma, aliás, utilizar o fotorrealismo na esfera judicial? Em processos cíveis, em síntese, tal recurso é útil para ilustrar erros em procedimentos estéticos. Um profissional é capaz de demonstrar como era o cliente antes da cirurgia, como ficou após e, ainda, como deveria ter ficado (caso o procedimento tivesse sido concluído com sucesso).
Em processos cíveis e criminais, os advogados podem recriar personagens fotorrealistas a partir dos depoimentos das partes, vítimas e testemunhas. Com o fotorrealismo, em suma, os profissionais da advocacia podem colocar em xeque as declarações em juízo ou realçar microexpressões faciais para demonstrar que houve mentira ou dúvida.
Em processos criminais, advogados também podem usar personagens fotorrealistas no âmbito do reconhecimento de pessoas (art. 226, do Código de Processo Penal). Além disso, o fotorrealismo é igualmente útil para recriar lesões que desaparecem com o tempo, em casos de violência doméstica e relacionados a medidas protetivas de urgência.
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