Indústria de tecnologia jurídica cresce ao redor do mundo

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A indústria de tecnologia jurídica está crescendo ao redor do mundo. Soluções tecnológicas desenvolvidas por lawtechs contribuem para reduzir custos, economizar tempo, armazenar documentos, reduzir riscos e aprimorar os serviços jurídicos. Há quem afirme que as startups jurídicas ocuparão o espaço que as fintechs ocupam nos dias de hoje.

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A indústria de tecnologia jurídica

Conforme levantamento da Thomson Reuters, o número de patentes relacionadas a tecnologias jurídicas cresceu 484% entre 2012 e 2016. Os dados da pesquisa sugerem que departamentos jurídicos e escritórios de advocacia buscaram aumentar a eficiência de seus fluxos de trabalho por meio da implementação de novos modelos operacionais.

Desde então, no campo dos investimentos, o número total de transações diminuiu, e o valor médio de cada transação aumentou. Em 2016, US$ 224 milhões foram investidos na indústria. Já em 2017, aliás, US$ 233 milhões. Mas o crescimento explosivo aconteceu mesmo no ano de 2018, quando os valores totais de investimentos totalizaram US$ 1,6 bilhões:

indústria de tecnologia jurídica 01

Em 2019, o investimento total na indústria de tecnologia jurídica caiu, mas, comparado aos anos anteriores, se manteve alto: US$ 1,2 bilhões. Conforme especialistas, os investimentos devem aumentar consideravelmente em 2020, pois a pandemia está forçando departamentos jurídicas e escritórios de advocacia a apostarem em tecnologias jurídicas.

O crescimento da indústria no Brasil

No Brasil, o crescimento da indústria de tecnologia jurídica cresceu 300% entre 2017 e 2019. O ecossistema, mapeado pela Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), é composto de mais de 150 startups jurídicas, que oferecem soluções tecnológicas para aprimorar os serviços jurídicos. Há ainda lawtechs em early stage, que ultrapassam 50.

Tenho acompanhado de perto as soluções oferecidas por legaltechs brasileiras, entrevistando seus (co)fundadores e experimentando as ferramentas disponíveis no mercado. Além dos conteúdos disponibilizados nesse site, eu e Alexandre Morais da Rosa lançamos, nessa semana, o podcast Legal Driver, para explorar todo o universo de tecnologia jurídica.

Hoje, os profissionais podem tanto aprimorar sua atuação profissional com novas tecnologias quanto lançar startups jurídicas para resolver um problema específico. Seja como for, nunca é tarde para aprender mais sobre a indústria de tecnologia jurídica, em clara ascensão. Nunca ouviu falar a respeito? Não há problema, pois, como diria Kevin Kelly:

Você chegou bem a tempo.


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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