JusCash antecipa honorários sucumbenciais em ações transitadas em julgado

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Continuo a série de entrevistas com (co)fundadores de lawtechs e legaltechs brasileiras. Até o momento mais de 40 startups jurídicas já participaram do quadro. Hoje conheceremos a JusCash, plataforma que antecipa honorários sucumbenciais em ações transitadas em julgado. Conversei com o Gabriel Mancuso, CEO da startup:

1. Em primeiro lugar, como surgiu a JusCash?

A JusCash nasceu da percepção de dificuldade que o advogado tem para organizar sua vida financeira, visto que boa parte da sua renda, os honorários, são sempre recebidos sem previsibilidade alguma. Vendo que isso era um problema que abrangia praticamente todos os advogados, entendemos que era algo que merecia uma atenção e uma solução.

Entendemos que isso era tido como uma verdade absoluta, algo dado nesse mercado. Mas concebemos que era possível mudar essa percepção e, consequentemente, a vida dos advogados. Aliado a essa percepção, vimos que o crédito judicial era um ativo muito pouco explorado, havia poucas empresas que olharam para esse ativo percebendo seu valor.

Aí que vimos a oportunidade de conciliar as duas questões: um público que tem uma dor relevante e ao mesmo tempo tem um ativo que ninguém dá a devida atenção, nisso surgiu a JusCash.

2. Quais são as soluções oferecidas pela startup?

Trabalhamos fazendo a antecipação de honorários de forma simples, segura e rápida, podendo chegar a pagar de imediato até 90% do montante total que o advogado tem a receber.

Os nossos clientes são advogados que possuem ações transitadas em julgado e não querem aguardar a liquidação da ação para receberem seus honorários, que, na maioria das vezes, levam meses, talvez até anos.

3. Qual é o diferencial da JusCash em relação às demais startups que oferecem soluções similares?

A JusCash tem múltiplos canais de contato com seus clientes e é extremamente rápida na análise do processo e retorno para o cliente. Na maioria dos casos, um cliente que entra em contato pela primeira vez conosco e envia uma ação para análise, recebe o depósito do valor combinado em sua conta em até 48h.

Além disso, quando fizemos nossa pesquisa de mercado e vimos a concorrência, percebemos que há players que operam com títulos judiciais, entretanto nenhum deles é focado NO ADVOGADO. Nenhum se propõe a entender e resolver de fato as dores desse profissional e o que realmente facilita a vida dele, portanto desde nosso nascimento tivemos isso em mente.

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4. Aliás, a JusCash tem um propósito transformador massivo (MTP)? Se sim, qual?

Sim, nosso propósito é dar ao advogado a liberdade financeira a que ele tem direito. Fazemos isso eliminando a interminável espera para ver a recompensa pelo árduo trabalho realizado, que são seus honorários.

5. Só para ilustrar: quem são as pessoas por trás da startup?

Iniciamos como uma iniciativa dentro de uma outra empresa e agora estamos fazendo um spin-off. Somos em 7 pessoas de áreas de conhecimento totalmente complementares fazendo esse propósito acontecer.

6. Enfim, quais são os planos da JusCash para os próximos anos?

Entendemos que o mercado ainda não está habituado a um produto como o nosso. Então, os próximos passos ainda são voltados ao conhecimento dessa solução, ou seja, mostrar como a vida financeira do advogado pode ser muito simplificada com o nosso produto.
Para nossa escalada, ainda faremos novas rodadas de investimentos, visto que nosso produto é fundamentalmente financeiro e desenvolveremos novas soluções financeiras focada na nossa persona: o advogado! Sempre tendo em mente o nosso propósito.


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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