O futuro envolverá mais, e não menos, uso de tecnologia, afirmam juízes britânicos

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Os magistrados Barry Clarke e Shona Simon recentemente afirmaram que o futuro envolverá mais, e não menos, uso de tecnologia pelos tribunais. Conforme os juízes, que presidem os Employment Tribunals na Inglaterra (Barry), País de Gales (Barry) e Escócia (Shona), retornar às formas pré-pandêmicas de trabalho não é uma opção válida.

O futuro envolverá mais (e não menos) uso de tecnologia

De acordo com Barry e Shona, é importante refletir sobre os aprendizados desde o início da pandemia e manter o que está funcionando bem, mesmo depois de seu término. As audiências virtuais são, aliás, um exemplo. Barry e Shona acreditam, em síntese, que o formato será uma parte essencial dos tribunais trabalhistas pelos próximos dois anos.

Devemos refletir sobre o que aprendemos e garantir que manteremos o que é bom. O futuro envolverá mais, e não menos, uso de tecnologia. – Barry Clarke e Shona Simon

Os tribunais trabalhistas britânicos estão tendo de lidar com um número cada vez maior de casos desde 2017, quando as custas para ingressar com as reclamações foram abolidas. O cenário, que já estava crítico, foi potencializado pela pandemia. O número de novas reclamações vinculadas a “COVID-19” e “coronavírus” aumentou substancialmente.

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Como consequência do aumento de casos, na Inglaterra e no País de Gales e Escócia já são mais de 50 mil reclamações pendentes de julgamento. O patamar, aliás, é 45% (quarenta e cinco por cento) maior quando comparado à referência pré-pandemia. O número deve aumentar ainda mais, levando os magistrados a apostarem no uso de tecnologia:

Um retorno às formas pré-pandêmicas de trabalhar (…) não é uma opção para os tribunais trabalhistas. – Barry Clarke e Shona Simon

Tanto Barry quanto Shona vislumbram, portanto, um futuro no qual as audiências virtuais serão essenciais aos tribunais trabalhistas. Reivindicações de pequena monta, medidas provisórias e mediações judiciais podem perfeitamente ser solucionadas em tal formato. As audiências físicas ainda existirão, mas apenas para casos de maior complexidade.


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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