O juiz não está abrindo os vídeos das suas petições? Essas 3 técnicas vão ajudar

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Juntar um vídeo na petição não garante que o conteúdo seja visualizado. Na imensidão de processos judiciais que precisam analisar semanalmente, muitos juízes optam por não acessar os vídeos apresentados pelos advogados, preferindo apenas ler a peça escrita. Mas e se o vídeo for essencial para fundamentar a tese jurídica? O que fazer nesse caso?

Essa foi uma das perguntas que recebi de um advogado no começo da semana, enquanto ministrava um curso de Visual Law para um escritório de advocacia carioca. A prática jurídica demonstra que, para estimular a abertura de vídeos anexados aos autos, há técnicas mais efetivas que a mera juntada de um hyperlink. Conheça hoje três técnicas essenciais:

1. Insira o vídeo por meio de uma imagem clicável

Tanto o hyperlink quando o QR Code apresentam problemas práticos nas petições. Por ser mais discreto, em síntese, o hyperlink nem sempre é percebido pelo juiz. Já o QR Code envolve a realização de uma sucessão de etapas (abrir a câmera do celular, apontar para o código, acessar o URL, etc.) para ser acessado. Por isso, a melhor solução é a imagem clicável.

Para inserir uma imagem clicável no Microsoft Word, deixe m espaço em branco entre dois parágrafos e arraste o arquivo desejado. Após, clique com o botão direito do mouse em cima da imagem e selecione opção “Link”, inserindo o URL no qual o vídeo está hospedado. O procedimento é bastante similar no Google Docs e há uma tecla de atalho: Ctrl + K.

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2. Descreva brevemente o conteúdo do vídeo

Acessar o vídeo é uma decisão do juiz. É provável que, para evitar um trabalho adicional, o julgador fique inclinado a não abrir o vídeo. Sendo assim, descrever brevemente o conteúdo do vídeo, antecipando que será visto, é uma excelente técnica para ajudar o juiz na tomada de decisão. Descreva o conteúdo do vídeo em não mais do que duas linhas.

Ex.: o vídeo abaixo ilustra o exato momento em que o criminoso assaltou a loja.

3. Informe a duração total do vídeo

Além do trabalho adicional, muitos juízes simplesmente não querem perder tempo acessando vídeos juntados por advogados. Sendo assim, diminua a resistência do magistrado apostando em recortes de vídeos curtos e cirúrgicos e, acima de tudo, informe a duração total do conteúdo. Essa informação, em suma, poderá ser determinante para o julgador.

Ex.: duração total do vídeo: 00:47

Enfim, essas técnicas foram úteis para você? Compartilhe, então, com outro colega!


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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