Os escritórios de advocacia do futuro serão físicos ou digitais?

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Como serão os escritórios de advocacia do futuro?

Durante décadas, a advocacia foi marcada por uma cultura de longas horas de trabalho e pela necessária presença física dos profissionais nos escritórios de advocacia. No entanto, a pandemia está flexibilizando a forma de trabalhar, levando grandes bancas a permitir que seus funcionários laborem em casa permanentemente ou, ao menos, em parte do tempo.

Muitos profissionais da advocacia estão imaginando um futuro no qual o trabalho não dependerá de uma sede. Embora alguns reconheçam que o escritório continuará sendo um espaço vital de colaboração, socialização e treinamento, principalmente para estagiários e clientes, a necessidade de estruturas físicas será cada vez menor.

Os escritórios de advocacia do futuro

Jonathan Bond, diretor global de RH e aprendizado do escritório de advocacia Pinsent Masons, que já trabalhava em casa um dia por semana antes da pandemia, refere que devemos fugir da ideia antiquada de um escritório de advocacia. Conforme ele, para produzir com qualidade podemos perfeitamente trocar a sala de reuniões pela sala de estar:

Precisamos pensar no trabalho como algo que você faz e não como um lugar para onde você vai.  – Jonathan Bond

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Como serão os escritórios de advocacia do futuro?

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Justin D’Agostino, que assumiu o cargo de presidente-executivo da banca Herbert Smith Freehills, acredita que os escritórios continuarão desempenhando um papel essencial no futuro. Conforme ele, as equipes se reunirão nos escritórios para socializar e para lidar com questões de processos complexos. Nas demais ocasiões, o funcionamento será remoto:

Essa mudança veio para ficar e queremos identificar os benefícios dela. – Justin D’Agostino

Para profissionais como Andrea Arosio, sócio-gerente da Linklaters na Itália, ligações intermináveis no Zoom não substituem o contato face a face ou conversas casuais que podem originar ideias criativas. De acordo com ele, embora a pandemia tenha provado que os escritórios podem funcionar remotamente, a interação pessoal oferece muitos benefícios.

Modelos híbridos

Ainda é cedo para dizer, mas tudo sugere que os escritórios de advocacia não serão exclusivamente físicos ou digitais, mas híbridos. Ou seja, os profissionais da advocacia realizarão parte de suas atividades online e parte no formato offline. Os modelos presencial e remoto coexistirão, enfim, no mundo pós-pandemia. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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