Em sua obra Tomorrow’s Lawyers (2013), o professor britânico Richard Susskind assinala que a prática jurídica está cada vez mais dependente da tecnologia. O cenário sugere que os serviços jurídicos serão impraticáveis sem as estruturas tecnológicas, pavimentando o caminho para profissões do futuro. Dentre elas, em síntese, tecnólogos jurídicos e os engenheiros de conhecimento jurídico entram em cena.
Mas quem são, então, esses profissionais? O que faz um tecnológico jurídico? Quais as atividades um engenheiro de conhecimento jurídico desempenha em seu cotidiano? Embora os contornos de cada atividade não estejam rigorosamente desenhados, há um conjunto de funções típicas e, acima de tudo, relevantes para escritórios e departamentos jurídicos. Neste texto vamos conhecer, então, um pouco mais sobre elas:
Tecnólogos jurídicos
O que são? São profissionais habilitados para a prática jurídica, mas, de igual modo, para a gestão da inovação tecnológica e engenharia de sistemas.
Em síntese, as atividades desses profissionais compreendem atender as demandas diárias dos escritórios de advocacia com soluções de TI; aprimorar os fluxos de trabalhos dos profissionais da advocacia; ajudar advogados a resolver problemas de clientes através de ferramentas tecnológicas; auxiliar na construção de estratégias jurídicas; e implementar tecnologias jurídicas em escritórios e departamentos jurídicos.

Só para ilustrar, entre as principais exigências para ser um tecnológico jurídico estão: noções de ciência de computação e jurimetria; domínio de linguagem de programação e desenvolvimento de software; conhecimento do funcionamento e dos processos das empresas nas quais trabalham; e conhecimento de descoberta eletrônica (e-Discovery) e análise de dados. A versatilidade é, em suma, um requisito da profissão.
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Tecnólogos jurídicos: quem são esses profissionais?
Engenheiros de conhecimento jurídico
O que são? São profissionais que ajudam o setor jurídico, combinando conhecimento jurídico com tecnológico.
Em resumo, as atividades desses profissionais abrangem entender os gargalos enfrentados pela empresa; apresentar maneiras criatividades de solucionar os pontos problemáticos; ser uma ponte de contato entre advogados e desenvolvedores, facilitando a comunicação entre eles; estruturar maneiras de usar as tecnologias para ajudar profissionais da advocacia; e facilitar o desenvolvimento de ferramentas jurídicas.

Entre as principais exigências para ser um engenheiro de conhecimento jurídico estão: conhecer os princípios do Direito; ter experiência prática em gestão de projetos, com objetivo de otimizar produtos, processos e serviços; saber estruturar ferramentas tecnológicas para uso no cotidiano; e saber criar soluções para problemas específicos enfrentados por clientes, combinando tecnologias e outras ferramentas.
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Profissões do futuro
A demanda por tecnólogos jurídicos e engenheiros de conhecimento jurídico está crescendo no exterior, e não deve tardar até chegar no Brasil. Escritórios de advocacia e departamentos jurídicos estão pavimento o solo para esses profissionais. Não à toa, aliás, Richard Susskind elenca tanto os tecnológicos jurídicos e os engenheiros de conhecimento jurídico entre as principais funções para os advogados do futuro.
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