A pandemia está exigindo dos advogados a adoção de novas tecnologias para manterem suas atividades e se destacarem no competitivo mercado jurídico. Em Singapura, a “Suíça asiática”, mais de 25 lawtechs estão enxergando o cenário como oportunidade para oferecer suas soluções tecnológicas a escritórios de advocacia e departamentos jurídicos.
O mercado de tecnologia jurídica em Singapura
Países como Indonésia, Malásia, Filipinas e Tailândia estão investindo em tecnologia, mas em nenhuma dessas nações os investimentos são tão expressivos como em Singapura. A cidade-estado asiática conta com o apoio do governo, cujos aportes financeiros para estimular a criação de um ambiente de inovação ultrapassam o patamar de US$ 15 milhões.
Em parceria com a Law Society, o governo lançou um programa para fomentar a inovação no mercado jurídico. Em síntese, o objetivo é estimular escritórios de advocacia a adotarem novas tecnologias em suas rotinas, como softwares para gestão de contratos, descoberta eletrônica (e-Discovery), revisão de documentos e pesquisa jurisprudencial.
O desejo de se tornar o maior centro de tecnologia jurídica do mundo fica claro também pelo aporte de US$ 15 milhões que o governo concedeu à Singapore Management University, para financiar um programa de pesquisa. A iniciativa desenvolverá novas tecnologias para o setor jurídico e será coordenada pela faculdade de Direito da universidade.
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Tecnologia jurídica e iniciativas privadas
Além do apoio do governo, escritórios de advocacia estão colaborando para estimular a inovação em Singapura. Em 2017, o Allen & Overy lançou o Fuse, um espaço de inovação onde startups podem colaborar entre si para desenvolver e testar soluções tecnológicas. O Clifford Chance, aliás, também lançou um laboratório de inovação com objetivos similares.
É bem verdade que as lawtechs singapurianas enfrentam contratempos por conta da pandemia. Também é verdade que os escritórios de advocacia e departamentos jurídicas estão em dúvida sobre investir, formar parcerias ou adquirir startups em meio à crise. Mas tudo parece apontar que soluções tecnológicas são um caminho sem volta para o setor jurídico.
Aguardemos, enfim, as cenas dos próximos capítulos.
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