Tecnólogos jurídicos: quem são esses profissionais?

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A prática jurídica está cada vez mais dependente das novas tecnologias e da Internet. O cenário leva a crer que os serviços jurídicos serão impraticáveis sem as estruturas tecnológicas, pavimentando o caminho para os tecnólogos jurídicos – profissionais habilitados para a prática jurídica, mas também para gestão da inovação tecnológica e engenharia de sistemas.

O setor jurídico oferece oportunidades de carreira a profissionais capazes de utilizar a tecnologia para ajudar advogados na resolução de desafios próprios e de seus clientes. Nos Estados Unidos, em especial, os tecnólogos jurídicos têm atuado tanto em escritórios de advocacia quanto em departamentos jurídicos de empresas e organizações.

Mas o que fazem exatamente os tecnólogos jurídicos?

As atividades são variadas e não há uma lista de tarefas obrigatórias. Mas, no geral, envolvem atender as demandas diárias dos escritórios com soluções de TI; auxiliar advogados a resolver os problemas dos clientes por meio de ferramentas tecnológicas; participar na construção de estratégias jurídicas; e melhorar os fluxos de trabalho dos advogados.

Em síntese, as funções podem variar conforme a estrutura e o ambiente. Só para ilustrar: em escritórios de advocacia, os tecnólogos costumam ser orientados para atender às necessidades dos clientes. Já em departamentos jurídicos de empresas e organizações, o foco tende a ser outro: desenvolver e implementar tecnologias jurídicas internamente.

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A demanda por tecnólogos jurídicos está crescendo

Mesmo nos Estados Unidos, os contornos das profissão não estão exatamente desenhados. Alguns departamentos jurídicos exigem, em suma, noções de ciência de computação e jurimetria, domínio de linguagem de programação e desenvolvimento de software. Outros requerem conhecimentos de descoberta eletrônica (e-Discovery) e análise dados.

Entre as exigências estão também: conhecer, em detalhes, o funcionamento da empresa na qual trabalham; dominar os processos da empresa para co-construir estratégias com o departamento jurídico; e oferecer suporte tecnológico aos profissionais que o compõem. A versatilidade, ao que tudo sugere, é um das principais característica da profissão.

Novas funções para os advogados do futuro

Seja como for, a demanda por tecnólogos jurídicos está crescendo e, à medida que ocorre, escritórios e departamentos jurídicos estão construindo escalas de pagamento e potenciais carreiras para esses profissionais. Não à toa, aliás, o professor Richard Susskind elenca os tecnólogos jurídicos como uma das novas funções para os advogados do futuro.

E no Brasil, como será o desenvolvimento da carreira de tecnólogos jurídico? Esses profissionais terão espaço no País? Quais serão as funções que realizarão dentro dos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos da empresas e organizações? Enfim, são perguntas que só o tempo poderá nos responder. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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