Verifact combina técnicas periciais e outras tecnologias para coletar e preservar provas digitais

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Continuo a série de entrevistas com (co)fundadores de lawtechs e legaltechs do Brasil. Na entrevista de hoje, recebi a Verifact, uma plataforma que combina técnicas periciais e outras tecnologias para coletar e preservar prova digitais com alta confiança. Conversei com a Regina Acutu, CEO da startup, sobre o funcionamento da Verifact e os planos para o futuro.

Conheça, então, mais detalhes da Verifact:

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1. Em primeiro lugar, como surgiu a Verifact?

A solução de uma startup nem sempre vem da ideia inicial: tivemos uma dor no escritório a alguns anos atrás, quando um cliente precisou provar a propriedade de uma marca (ele não havia feito o registro no INPI). Deu um certo trabalho para coletarmos as provas para comprovação da propriedade da marca, pois havia sido criada a anos. Pensamos que talvez outras pessoas também poderiam ter o mesmo problema e começamos a pesquisar e validar o problema. Após conversarmos com várias pessoas de áreas diferentes, entendemos que o problema até existia, mas a intensidade da dor, ou seja, a importância que as pessoas davam para isso era muito baixa. No entanto, descobrimos no mercado outra demanda relacionada à coleta de provas digitais para casos de ilícitos ou crimes virtuais e, atualmente, era atendido de modo insatisfatório por prints ou atas notariais.

2. Em resumo, quais são os serviços oferecidos pela startup?

A Verifact oferece um único serviço: automatizamos um procedimento técnico complexo, baseado em técnicas foreses, para o registro de provas digitais no ambiente online em redes sociais, blogs, chats, sites de notícias, webmails e outros. Criamos um resultado com prova de existência irrefutável (Carimbo de Tempo ICP/Brasil regulamentado pela MP 2200-2) e alta confiança na veracidade do conteúdo (técnicas forenses, auditabilidade e sistema anti fraude).

3. Só para ilustrar: qual o diferencial da Verifact em relação às demais iniciativas que oferecem soluções similares?

Não há outra ferramenta online na América Latina com o nível de segurança contra intervenções e fraudes no processo de registro oferecido pela Verifact. Além disso, há a possibilidade de registrar vídeos (com áudio), imagens e downloads, usar de técnicas forenses e uma ampla coleta de metadados técnicos, que tornam viável uma auditoria pericial no conteúdo registrado. Outras iniciativas de startups, ou já existentes (ata notarial), não oferecem segurança efetiva contra fraudes, tampouco oferecem metadados técnicos suficientes para uma perícia conclusiva sobre os dados.

4. Aliás, a Verifact tem um Propósito Transformador Massivo (MTP)? Se sim, qual?

Nosso propósito é usar a tecnologia para gerar confiança entre as pessoas, auxiliando na criação de relações ou solução de conflitos.

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5. Em síntese, quem são as pessoas por trás da Verifact?

  • Alexandre Munhoz: Mentor na área de Pitch na Evoa Aceleradora (Maringá) e UX design em Startup Weekend, Professor de UX Design em pós graduação da Faculdade Cidade Verde, Professor de Pós-graduação na PUC na área de empreendedorismo e inovação. Mestre em Administração de Empresas, especialista em Marketing, experiência como professor aulas de graduação pós graduação na área de Marketing e 8 anos de experiência como consultor de Marketing. Total de mais de 16 anos de experiência na área de Marketing, comunicação e afins. Hacker há mais de 20 anos em tecnologia e conhecimento avançado sobre tecnologia nas áreas de arquitetura de sistemas e cyber segurança. Entusiasta nos temas blockchain, criptografia, linux, virtualização de sistemas, nodejs, banco de dados, etc.
  • Regina Acutu: CEO da startup Verifact (lawtech – captura e preservação de provas digitais); mentora do programa Inovativa Brasil, HackBrazil e Startup weekend; jurada do MIT Innovation Challenge; sócia fundadora da Paraleloz e AOI arquitetura diretora da Software by Maringá; organizadora do Legal Hackers Maringá; mestranda em Inovação (PROFNIT) pela UEM; Docente de pós graduação; ex- integrante do intercâmbio IGE Rotary International.

6. Enfim, quais são os planos da startup para os próximos anos?

Expandir para o cenário internacional, visto que a ferramenta já é superior a similares existentes nos EUA e União Europeia. Também há a possibilidade da criação de novos produtos voltados para a geração de confiança em relações comerciais. Entretanto, ainda não há nada definido.


Então, você já conhecia a Verifact?

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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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