Desde março de 2020, estamos sentindo na pele os impactos da pandemia. O “novo normal” está exigindo de todos nós, profissionais, a adoção de novas tecnologias para que possamos exercer nossas atividades diárias. O trabalho remoto, antes considerado uma realidade para poucos, vem dividindo opiniões entre profissionais dos mais diversos setores.
Muitos são os questionamentos nesse momento ímpar e sem precedentes na história. Mas um dos mais recorrentes é justamente se o trabalho remoto continuará sendo uma realidade quando a crise passar. Será que, no mundo pós-pandemia, voltaremos às nossas atividades presenciais como antes? Serão as videoconferências algo momentâneo?
No Brasil, alguns escritórios já tomaram a decisão de descontinuar suas atividades presenciais. A ideia da estrutura física, do endereço em localização privilegiada, está sendo repensada por muitos advogados. Para contribuir com o tema, hoje compartilho olhares de profissionais que se debruçaram sobre tais questionamentos nos últimos meses:
O trabalho remoto é apenas passageiro
Na visão da futurista Amy Webb, o trabalho remoto e as videochamadas não continuarão sendo adotadas quando a pandemia acabar. Conforme ela, os seres humanos são sociais e precisam estar em contato com outras pessoas. Sendo assim, tão logo seja encontrada uma vacina para o COVID-19, as videochamadas devem diminuir drasticamente.

Embora Webb reconheça que profissionais das mais diversas áreas adotarão novas práticas no mundo pós-pandemia, o trabalho remoto não será uma delas. A futurista não enxerga a nova dinâmica de videoconferências como o futuro, seja na advocacia, seja em qualquer outro setor. Para ela, em suma, logo voltaremos às atividades presenciais como antes.
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Videoconferências vieram para ficar
Já para o presidente da Suprema Corte do Texas, Nathan L. Hecht, a videoconferência veio para ficar. Para ele, as ferramentas de videochamadas serão utilizadas mesmo quando a pandemia cessar. Hect destaca que os benefícios que elas estão oferecendo atualmente incentivará os tribunais a continuar adotando tais ferramentas amanhã.

Para o acionista Scott A. Forman, o trabalho remoto também não vai a lugar nenhum. À medida que as reuniões remotas são realizadas, a resistência ao conceito como um todo diminui. Tanto advogados quanto clientes já estão simpatizando com a dinâmica, enxergando as videochamadas como algo comum. Para Forman, aliás, a resistência será cada vez menor.
Só para ilustrar: o advogado Ben Allgrove, sócio do escritório de advocacia britânico Baker McKenzie, também acredita que o trabalho remoto continuará sendo comum no setor jurídico mesmo após a pandemia. Conforme Allgrove,
É difícil colocar o gênio de volta na garrafa quando você tem administrado um negócio com sucesso por dois ou três meses com cada membro da equipe fora do escritório. – Ben Allgrove
O trabalho remoto no mundo pós-pandemia
Enfim, e você? Acredita que o trabalho remoto continuará sendo uma realidade no mundo pós-pandemia?
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