Inteligência artificial irá ajudar advogados a redigir petições, afirmam especialistas

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Em seu livro AI For Lawyers, Noah Waisberg e Alexander Hudek sustentam que a inteligência artificial (IA) dificilmente será capaz de redigir petições inteiras para os advogados, pois o conhecimento, a estratégia e a persuasão estão embutidos na redação jurídica. Os autores reconhecem, contudo, que a IA poderá ajudar substancialmente na atividade.

Como cofundadores da Kira Sytems, empresa especializada em soluções para extrair significado de contratos não estruturados, Noah Waisberg e Alexander Hudek acreditam que, em vez de apenas ajudar os advogados a encontrar informações para inserir em documentos jurídicos, os sistemas de IA vão auxiliar os profissionais a redigir petições e contratos.

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Inteligência artificial irá ajudar advogados a redigir petições

De acordo com Waisberg e Hudek, num futuro não tão distante um advogado irá escrever os detalhes do caso em seu computador; e a máquina, por sua vez, irá sugerir os argumentos jurídicos aplicáveis à situação, os precedentes relacionados ao caso e trechos de decisões relevantes. Alguns sistemas, aliás, serão capazes de rascunhar a minuta da petição.

Além disso, os autores vislumbram um futuro no qual recursos de preenchimento automático serão comuns. À semelhança da função autocompletar do Google, que refina as pesquisas e sugere relações de tendências, um advogado irá digitar um termo qualquer; e o computador irá completar com aquilo que o profissional provavelmente está pensando.

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O livro ‘AI For Laywers’ foi publicado há poucos meses

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Um futuro sem pesquisa jurídica?

No futuro imaginado por Waisberg e Hudek, os advogados não mais precisarão consultar jurisprudência, ler decisões ou pesquisar precedentes. Em suma, os profissionais terão apenas o trabalho de narrar os detalhes do caso ao computador, escolher os argumentos apresentados pela máquina e alterar um pouco o texto previamente redigido pela IA:

Um futuro sem pesquisa jurídica, como é conhecido atualmente, pode parecer distante para muitos advogados, mas o início desse trabalho está acontecendo hoje. – Noah Waisberg e Alexander Hudek


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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