Startup pretende transformar a maneira como advogados realizam consultas jurídicas

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Uma nova startup britânica pretende transformar a maneira como os advogados realizam consultas jurídicas. Intitulada Lawyer 365, a iniciativa é alimentada por inteligência artificial e paga até £ 250 (cerca de R$ 1.650,00) aos profissionais cadastrados em sua plataforma. O foco é ajudar advogados qualificados e que “desejam trabalhar com flexibilidade”.

A legaltech foi fundada por Rudi Kesic, Azeem Rashid e Mev Dzihic. De acordo com os fundadores, a startup foi lançada para oferecer aconselhamento jurídico para milhões de pessoas “na palma de suas mãos”. Em síntese, tanto os clientes quanto os advogados cadastrados na plataforma precisam pagar para utilizar os recursos da plataforma.

Transformando a maneira como advogados oferecem consultas jurídicas

Só para ilustrar: os clientes pagam a partir de £ 49 (aproximadamente R$ 330) para consultar os advogados cadastrados na plataforma. Já os profissionais da advocacia necessitam pagar um valor mensal (assinatura) para que permaneçam listados no sistema, mas podem definir o quanto desejam cobrar pela consulta, com duração de até 60 minutos.

Entre as especialidades dos advogados cadastrados estão, em resumo: Direito de Famílias e Sucessões; Criminal; Civil; de Imigração; Trabalhista; Empresarial; Imobiliário; Médico; de Trânsito; Marítimo; Tributário; Desportivo; Ambiental. Há, além disso, profissionais especializados em seguros, direitos humanos, insolvência e mediação.

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A liberalização dos serviços jurídicos será uma realidade no Brasil?

Liberalização dos serviços jurídicos

O Reino Unido vem empreendendo esforços para revisar a estrutura regulatória dos serviços jurídicos. Nações como Inglaterra e País de Gales contribuíram para a promulgação do Legal Services Act, no ano de 2007. A legislação autorizou as chamadas alternative business structures, permitindo que não advogados administrem negócios jurídicos.

Richard Susskind aponta a liberalização dos serviços jurídicos como um dos principais propulsores da mudança no setor jurídico. Nosso país adota um modelo no qual as atividades de postulação (P), consultoria (C), assessoria (A) e direção jurídicas (D) são privativas dos advogados. Ainda assim, será que veremos algo similar à Lawyer 365 no Brasil?

Aguardemos, em suma, as cenas dos próximos capítulos.

Clique aqui para conhecer a Lawyer 365


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Bernardo de Azevedo

Bernardo de Azevedo

Advogado. Doutorando em Direito (UNISINOS). Mestre em Ciências Criminais (PUCRS). Especialista em Computação Forense e Segurança da Informação (IPOG). Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Direito da Universidade FEEVALE e da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
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