A animação computadorizada vem adquirindo cada vez mais espaço na área jurídica. Ela permite explicar situações complexas com mais clareza, esclarecer visualmente a narrativa e apresentar a visão de todos os envolvidos e representar o cenário com as mesmas características do ambiente real. Por tais características, a técnica passou a ser utilizada por advogados criminalistas no âmbito do Tribunal do Júri.
Animação computadorizada na área jurídica
A atenção, como sabemos, é um dos recursos mais escassos nos dias de hoje. Os criminalistas estão percebendo tal aspecto nas sessões de julgamento, sobretudo em júris que levam dias. Não à toa, profissionais que sempre optaram pelo uso da voz e da gesticulação em plenário passaram a adotar a técnica nos últimos meses. A adoção de recursos visuais em plenário pode contribuir para o desfecho do caso.
Só para ilustrar, pesquisas revelam que os jurados geralmente ficam entediados, confusos e sobrecarregados quando recebem explicações técnicas de forma oral. Por outro lado, a capacidade de retenção dos membros do Conselho de Sentença aumenta quando há suporte visual (KUEHN, 1999). Os jurados retêm o dobro da quantidade de informações quando diante de uma apresentação visual (KRIEGER, 1992).
Levantamentos recentes sinalizam que os jurados se envolvem mais nos procedimentos quando conseguem acompanhar visualmente as exposições dos advogados. Mais: os jurados compreendem melhor os argumentos quando há apresentações em telões ou monitores. Isso porque, em suma, são capazes de focar suas atenções nas palavras dos advogados sem precisar manusear as páginas do processo (HOFER, 2007).
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Nível de retenção de animações computadorizadas
Quando diante de uma animação computadorizada, o nível de retenção dos jurados aumenta em até 650% (THOMAS, 1995). Todas essas pesquisas corroboram o uso de recursos visuais em plenário, em especial as animações computadorizadas, como forma de transmitir as teses jurídicas com mais clareza e compreensão. No Brasil, o View 3D Studio é a principal referência no desenvolvimento de animações para a área jurídica.
Referências
KUEHN, Patricia F. Maximizing your persuasiveness: effective computer generated exhibits. DCBA Brief: Journal of the DuPage County Bar Association, out 1999.
KRIEGER, Roy. Sophisticated computer graphics come of age: and evidence will never be the same. Journal of the American Bar Association, dez 1992.
THOMAS, Ralph D. Computer reenactment: a new form of investigation using virtual reality technology. National Association of Investigation Specialists Newsletter, dez 1995.
HOFER, Inga. The rise of courtroom technology and its effect on the federal rules of evidence and the federal rules of civil procedure. Michigan State University, Michigan, 2007
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